Evento defende abordagem multidisciplinar no Aconselhamento Genético


Tema esteve presente na tarde desta sexta-feira (30/09) no Congresso Brasileiro de Genética Médica

A discussão, que teve como coordenadora Débora Gusmão Melo (SP) teve como objetivo promover a troca de conhecimento com visões distintas em áreas relacionadas com a genética. Erika Maria Monteiro Santos (SP) discorreu sobre o papel da enfermagem no Aconselhamento Genético. O profissional está muitas vezes ao lado de pacientes e pode orientar as pessoas e seus familiares em todas as questões pertinentes a possíveis alterações diagnosticadas, em que serão abordadas as formas de prevenção e de tratamento.

A convidada Sônia Beatriz Margarit, do Chile, descreveu a Rede Latinoamericana de Aconselhamento Genético, e destacou as dificuldades estruturais existentes na atualidade.

"De que maneira poderemos oferecer cuidados aos nossos pacientes quando há acesso limitado aos serviços de aconselhamento genético?", indagou.

Na sua abordagem, a palestrante ressaltou o Programa Global que inclui 26 programas em países como Canada, Índia, Inglaterra, Filipinas, Austrália, Cuba, Espanha, Arábia Saudita, Portugal, França, Noruega, Japão e China, entre outros.

A seguir a palestrante Patrícia Ashton-Prolla (RS) descreveu a Formação em Aconselhamento Genético no Brasil. A médica detalhou as diretrizes para implementação futura de programas de treinamento de aconselhadores genéticos. A Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM) vem alertando nos últimos anos para essa carência. Neste momento, somente um tipo de profissional é treinado para isto no Brasil: o médico especialista em genética médica, que estuda, no mínimo, seis anos de graduação em medicina, mais três anos de residência médica para, depois poder habilitar-se a uma prova para obter um título de especialista.