Rastreamento genético auxilia na prevenção de doenças raras em comunidades judaicas
Médicos geneticistas detalham a importância do estudo das doenças genéticas no grupo de ancestralidade judaica no Brasil
Médicos geneticistas detalham a importância do estudo das doenças genéticas no grupo de ancestralidade judaica no Brasil
A iniciativa tem como objetivo dar visibilidade a importância do programa de rastreamento de heterozigotos - Tay Sachs e outras doencas de incidência maior em judeus Ashkenazi (provenientes da Europa Central e Europa Oriental). Existem grupos de risco que podem ter uma probabilidade maior de vir a ter filhos com certos tipos de genética. Por isso os médicos alertam para importância da realização de um aconselhamento genético ou levantamento do histórico familiar como medida de prevenção.
- A chance de um judeu Ashkenazi carregar uma alteração genética que poderia levar a algum tipo de doença é maior que a população em geral. Se o companheiro (a) também apresentar a mesma alteração vai existir 25% de chances da criança ser afetada por uma doença genética. Hoje em dia esses testes são muito mais baratos do que no passado. O que não dá para acontecer é simplesmente desconhecer o assunto e fingir que isso não existe – alerta a médica da SBGM, Dafne Dain Gandelman Horovitz.
A identificação dessas doenças já existe há quase cinco décadas. Por isso o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia e o Colégio Americano de Genética Médica recomendam o rastreamento genético de pessoas e grupos considerados de risco aumentado para essas doenças.
- Isso já faz parte de programas de saúde pública em alguns países como Israel, França, Canadá, Reino Unido e Austrália. No Brasil o que precisamos é informação. As pessoas precisam entender que o objetivo é a prevenção – completa Dafne.
O tema foi abordado no evento "Entendendo os Riscos das Doenças Genéticas, aprendendo a preveni-las" apresentado, em agosto, pela médica Dafne Dain Gandelman Horovitz, no Hotel Everest, no Rio de Janeiro. Participaram mais de 200 pessoas entre lideres comunitários, instituições e rabinos de várias correntes diferentes (ortodoxos, conservadores e liberais).